No dia 24 de novembro de 2024, a Liga de Famílias do Jaraguá
se reuniu para o encerramento das atividades do ano. O Padre Antonio Bracht
celebrou a Santa Missa, e estavam presentes dirigentes de grupo, cooperadores, membros,
e a assessora Raquel Padilha.
Missa do dia
Em sua homilia, o padre refletiu sobre Cristo Rei partindo
da realidade de que Cristo é o nosso Rei, e o Reino de Cristo está presente em
nosso meio. Isso é uma realidade, uma nova verdade para a nossa vida. Somos
verdadeiros porque existimos com base em uma realidade real, não visível, mas
real. Hoje em dia, muitas pessoas não percebem isso, pois vivem em uma
realidade virtual e não conseguem mais alcançar a outra realidade, a real. A
verdade de toda essa vida é verdadeira, é unidade, é viva. Tudo isso que Jesus
nos ensina sobre a verdade é a experiência do Reino. Somos portadores do Reino
de Jesus, e Ele requisitou todos os lugares para que esse Reino fosse
experimentado.
O Reino de Cristo não é deste mundo, mas está neste mundo.
Ele é o vínculo com Cristo, e Cristo quis que o Reino fosse
especialmente presente em dois lugares: no santuário e nas nossas casas. O
santuário foi requisitado por Ele, e Ele encarregou sua mãe de tornar esse
Reino presente aqui. As pessoas que vêm a este lugar experimentam algo. Muitas
vezes, chamam isso de “energia” ou algo especial, mas o que elas experimentam é
a presença da mãe de Jesus, e com ela, o Reino.
Outro lugar onde o Reino de Deus está presente é no nosso
lar, nosso santuário, um lugar simples, mas onde, com tudo o que vivemos no dia
a dia, podemos experimentar o Reino. Nosso lar é uma filial do santuário. É
como uma planta trepadeira que cresce e se apega às outras partes para formar
algo mais consistente. Assim é o Reino no nosso lar, na nossa casa. João Pozzobon
disse que, quando cortamos uma planta, ela pode até florescer, mas não dá mais
frutos. Portanto, o Reino está em todos os lugares, especialmente nesses
espaços. E está também no nosso coração.
A verdade do Reino é um vínculo com Cristo e com a
mãe de Deus, um vínculo divino que se expressa de forma humana. O fundador
nos fala de um organismo de vínculos naturais e sobrenaturais, interagindo para
tornar o Reino presente em nós, como na Santíssima Trindade. O Divino se
expressa no humano e, ao mesmo tempo, o Reino de Deus vai se manifestando no
nosso meio.
No final do ano, a Liga nos convida a refletir sobre os
vínculos que cultivamos, como o Reino foi experimentado no nosso ano. O que
aconteceu de mais significativo em nossos vínculos familiares, no grupo, na
Liga, na Igreja? Não foram apenas festas e momentos de alegria, mas momentos de
cultivo de vínculos. Isso faz com que o Reino cresça, como uma semente
que se torna maior e mais vivo a cada dia. Somos uma escola do Reino, uma
escola de vínculos.
Esse ano que passou foi um exemplo de como o Reino se
manifestou entre nós. Um exemplo é a força da oração. Quando oramos, não
estamos colocando Deus a nosso serviço, mas colocando-nos a serviço de Deus.
Queremos sintonizar com Sua vontade, e, assim, nossos vínculos humanos se unem
aos sobrenaturais. Às vezes, precisamos nos desvincular de algumas pessoas, entregar
outras a Deus, e entender que isso também faz parte da presença do Reino.
Tivemos que nos despedir de pessoas queridas este ano, e o
que isso significou? Foi uma vivência do Reino. Naqueles momentos de despedida,
experimentamos a verdade do Reino, que não é tristeza, mas uma experiência de
unidade. Também passamos por crises e dificuldades, e Cristo usa essas
situações para purificar e renovar os vínculos, como uma vinha que precisa ser
podada para dar mais frutos.
O Reino é uma presença contínua no nosso meio, e Ele nos
educa. A autoeducação é um processo importante para crescermos no Reino, para
saber o que podemos colocar à disposição de Deus, dos outros e do Reino. Tudo o
que fizemos, até as pequenas coisas no dia a dia, ajudam a fazer o Reino
crescer. Jesus nos oferece coisas preciosas, e, mesmo quando é um esforço, vale
a pena, porque o Reino é valioso e exige empenho.
Este ano que passou foi um tempo de autoeducação. Quando
fazemos um esforço espiritual diário, como um propósito fiel, o Reino cresce,
mesmo sem ser visível para todos. Este é o crescimento do Reino que se torna
verdadeiro e vai produzir frutos. Por isso, a autoeducação é tão importante. A
mãe de Deus sempre nos leva a perceber isso: devemos continuar nos educando
para que o Reino cresça e se complete.
O Reino que está neste mundo não é deste mundo, e será pleno
no mundo de Deus. Estamos a caminho, e se o ano foi difícil, é porque Deus
queria que o Reino se manifestasse mais. Se o ano foi bom, foi uma oportunidade
para saborearmos a presença do Reino. Se foi um esforço, é porque o Reino é
algo valioso e exige sacrifícios. Deus não nos oferece coisas baratas, tudo que
vem Dele tem o selo de qualidade, e o esforço é a nossa resposta à Sua oferta.
Assim, queremos terminar este ano renovando nossa certeza de
que o Reino está acontecendo entre nós. Vamos renovar nossa esperança e olhar
para frente, porque a Igreja nos convida a mostrar o Reino com a peregrinação e
a esperança. O empenho de todos nós faz o Reino acontecer. Mesmo quando as
dificuldades surgem, é preciso ter coragem de enfrentar as realidades e deixar
que o Reino se manifeste através de nós.
Hoje, celebramos com gratidão o encerramento do ano, que se
abre para o novo ano. Teremos momentos especiais, como a revelação do nome de
um grupo e do novo dirigente. Este não é um momento político da Liga de
Famílias, mas é um momento do Reino, em que o dirigente é como um bom pastor,
que assume a função de conduzir, com a ajuda de Deus e de Maria. Ao trocarmos
dirigentes, fazemos algo que permite o Reino acontecer.
O nome do grupo que
será revelado é uma forma de expressar o Reino de Deus entre nós. Cada nome é
uma profecia do Reino, mostrando a presença de Deus em nosso meio. Isso nos
educa e nos enriquece, à medida que a mãe de Deus nos conduz, plantando o Reino
em nossos corações, para que ele cresça e seja pleno, até se completar no mundo
de Deus.
Vamos prestar atenção nos momentos que acontecerão e acolher
o Reino, renovando nossa esperança e vivendo para que Ele se torne cada vez
mais presente no mundo.
REVELAÇÃO DO NOME DE GRUPO
A Revelação do nome de grupo do Sim V foi: “PEQUENINOS DE
MARIA, FAMÍLIA DE FÉ E FORTALEZA”
CAFÉ E TROCA DE DIRIGENTES
Na casa da Liga, Casa de Maria, foi oferecido um café
comunitário e após uma vivência do Grupo de membros para sinalizar a
importância do grupo de Membros na Liga do Jaraguá.
Lucy e Luciano homenagearam 3 grupos que se destacaram com a
dirigência deles e receberam um presente pelos 2 anos de condução da Liga.
SRA RAQUEL
A Senhora Raquel Padilha, assessora, disse: "O Reino de
Cristo está no coração de cada um, na família também, e a Igreja nos propõe,
especialmente neste próximo ano, muitos elementos para que possamos viver e
abrir o nosso coração. A família de Schoenstatt nos propõe este Ano Santo, que
se iniciará com tudo o que implica, incluindo as indulgências para esse momento
com Deus, sendo peregrinos de Esperança. Sabemos quem é o modelo da Esperança:
é Maria. Pois fizemos uma Aliança com Maria e temos essa Esperança: a esperança
de realizar o Reino de Cristo. Ela é real e, como família de Schoenstatt, ser missionários da Esperança em Cristo e
transformar o mundo. Muitos elementos que Deus nos dá nos ajudam a viver este
novo ano com maior impulso, especialmente para nos entregarmos mais em nossa
missão e aprofundarmos nossa vida de Aliança.
Obrigada a cada um, e que seja um fim de ano muito
abençoado. Nos encontraremos no próximo ano com muita força, com os novos
dirigentes."
PE ANTONIO
O padre Antônio Bracht disse, no final: "Coloquei-me à
disposição, intercalando com outros compromissos que tenho como diretor Nacional
do movimento e, por isso, me coloquei à disposição para as reuniões quando
possível . Quero estar um pouco mais próximo. Se olho para a Liga, vejo que há
crescimento, e estamos crescendo. Esse crescimento tem uma direção: para onde a
Liga está indo. Estamos crescendo, por exemplo, na colaboração com o Regional.
Vemos pessoas que participaram da equipe que preparou o encontro de dirigentes
e o retiro anual, que é para todo o Regional, são daqui. Liga do Jaraguá está passando o encontro do
"Sim" para a Liga da Vila Mariana, e no ano que vem haverá outra data
para o "Sim", e nós vamos dar suporte para eles. Isso é sinal de
crescimento, pois estamos em condições de exportar algo nosso para outros
ramos, em outras cidades. A Liga está crescendo e, com isso, também poderemos
contribuir mais.
Além disso, como obra das famílias, temos operadores
membros, mas também temos a União Instituto aqui no Jaraguá. Vocês conhecem
alguns, e o fundador pensou em todas essas possibilidades como uma obra de
famílias. Estamos crescendo e temos a consciência de sermos uma obra de
famílias. Qual a diferença entre União Instituto e Liga do outro ramo?
Basicamente, a União Instituto é composta por comunidades que buscam uma
relação mais intensa, um trabalho em comum e uma vida mais profunda. Já na
Liga, temos grupos que não necessitam de uma obrigação de estar no grupo, com
algumas pequenas diferenças, mas não vamos entrar em detalhes agora. O
importante é perceber como o fundador pensou o movimento: ele não pensou em um
movimento estruturado e desenhado em um escritório, mas foi percebendo pela
vida que Deus o estava pedindo algo. Ele percebeu que algumas pessoas tinham o
desejo de formar uma comunidade, enquanto outras queriam se vincular à Mãe de
Deus, mas sem necessariamente formar uma comunidade. Então, ele foi criando
possibilidades para que ambos tivessem o seu lugar dentro do movimento.
Quem tem mais condições de se comprometer com a caminhada
foi chamado para ser membro. Quem não tem essas condições, faz o que pode, e se
não quer estar em nenhum dos ramos, pode ser peregrino. Pode fazer a Aliança de
Amor no dia 18, mas não será oficialmente recebido em um ramo ou comunidade.
Até bispos da Igreja, como os de Santa Madre Igreja são peregrinos no santuário,
simplesmente o lugar onde cada um ocupa. O crescimento é formado por essa
consciência de que temos diferentes formas de contribuir dentro do movimento.
Esse jogo de possibilidades nos ajuda a cultivar nossa identidade. Cada um de
nós no movimento tem a sua identidade, sua marca registrada, e é importante
respeitar isso, sabendo que estamos crescendo no sentido de contribuir e formar
uma consciência mais clara.
Quando crescemos, Deus também nos pede mais. Quanto mais nos
entregamos, mais precisamos alimentar nosso crescimento. Se um poço não estiver
ligado a uma veia de água e retirarmos a água do poço, ele vai secar. Assim é
nossa vida espiritual: quanto mais damos, mais precisamos alimentar nossa vida.
O crescimento da vida de Aliança deve acontecer de forma contínua. Esse
crescimento espiritual e da Aliança já é um sinal de que estamos caminhando.
Para nós, o crescimento se dá através do cultivo da vida. Quando nos
reunimos, não é para ficar discutindo por discutir, mas para responder a um
desafio que Deus coloca diante de nós, dando um passo a mais na nossa caminhada
espiritual. Às vezes, sua família exige mais de você, e é nesse momento que
precisamos encontrar energia para dar essa dedicação. A formação tem esse
sentido: acompanhar o nosso crescimento como Liga e o crescimento pessoal de
cada um de nós, para que o Reino de Deus aconteça.
Outro ponto importante é que nossa Liga se dedica muito ao
Santuário. Imaginem se não assumíssemos tudo o que o padre Gustavo precisa de
nós. O ano que vem será ainda maior, pois haverá um ano de peregrinações ao
santuário. Nossa dedicação ao Santuário é nossa missão, mas isso exige um
crescimento espiritual. Quanto mais conseguimos ser um santuário vivo, mais
nossa dedicação será intensa. Não podemos encarar, por exemplo, o trabalho na
Festa Junina ou na Casa com Maria como algo que fazemos quando temos um fim de
semana livre. Cada gesto de dedicação ajuda a fazer nosso coração se tornar um
santuário vivo. Quanto mais nos entregamos, mais o nosso coração e nossas
famílias serão santuários vivos. Essas coisas precisam caminhar juntas, pois,
se não caminharem, corremos o risco de nos esvaziar. Esse é um caminho de
santidade. O pai fundador, quando criou a Congregação Mariana, pensou que dela
deveriam sair santos, e isso também vale para nós. A Liga de Famílias deve
gerar casais santos, e, se algum dia precisarmos de modelos, os melhores
modelos são os santos, pois é para isso que estamos caminhando.
Vamos continuar nossa caminhada com esse espírito, com
diligência para cumprir o que nos é proposto. Como diretor, percebi algo
importante: ser dirigente é uma tarefa difícil. Muitas pessoas têm receio de
ser dirigente, mas precisamos perceber uma coisa: todos nós somos dirigentes de
alguma forma. Se você é pai de família, você dirige a sua casa. Se você cuida
de um setor na empresa, você também está dirigindo algo. Se é responsável por
um grupo, você está liderando. Na verdade, todos nós dirigimos de alguma forma,
e o passo para ser dirigente no ramo não é tão grande quanto parece. Deus já
está nos preparando para isso. Se eu fosse mais democrático, poderia chegar a
qualquer um de vocês e dizer: " você será dirigente", porque todos
vocês têm capacidade. O dirigente não precisa ser perfeito, nem ter todas as
qualidades, mas já estamos sendo preparados para isso. Isso é muito bonito,
pois é o nosso crescimento.
Alguns de nós têm mais condições de se comprometer e de
olhar mais de fora, e esses são chamados para ser membros, levando a vida do
ramo. O Pai Fundador queria que alguns tivessem uma visão mais ampla, enquanto
outros formariam a comunidade. Isso ajuda a olhar o movimento de fora e a
perceber o quanto ele é dinâmico. Se o movimento não fosse dinâmico, ele não
teria chegado até aqui. Por isso, a dinâmica do movimento é importante. A
partir disso, após uma prévia consulta de nomes, fizemos uma eleição com dois
candidatos para o ministério. Escolhemos Gilson e decidimos que seria
interessante ter um vice-dirigente. A partir de agora, os dirigentes terão um
vice, e os encarregados dos membros formarão um pequeno conselho para dividir
as tarefas e evitar sobrecarregar um único dirigente."
TROCA DE DIRIGENTES E FORMAÇÃO DO NÚCLEO DE DIRIGENTES
Pe Antonio fez a passagem dos dirigentes e anunciou que o
primeiro mais votado foi Mariana e Uanderson Cabral e o segundo Gilson
e Nilséia Dias que serão vice dirigentes. Também Jorge e Cida Coelho
farão parte como responsáveis do encontro do Sim e Lucia e Rogério Rocha serão
dirigentes de Membros. Este fica o Nucleo de dirigentes da Liga. Pe Antonio e
Sra Raquel continuam.
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