Grupo Sim III e sua consagração à Mãe Rainha Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt
No dia 08 de novembro de 2020 sete casais da Liga de Famílias do Jaraguá se consagraram à Mãe de Deus pela Aliança de Amor.
O caminho para este dia foi difícil, ppois neste ano de 2020 fomos surpreendidos pela Pandemia do Covid-19 assim conta Lucy Fantini:
"Nosso grupo Sim III é formado por por 7 casais. Iniciaram sua caminhada por meio do SIM em maio de 2017, a Aliança de amor era para ter sido selada em maio de 2020 mas fomos surpreendidos com a Pandemia, algo que não assolou o grupo aí contrário, os uniu mais, começaram a rezar o terço diariamente on line e passaram a convidar toda a Liga para essa caminhada e troca de experiências tiveram momentos incríveis com partilhas lindas dos casais da Liga, e agora conseguiram eternizar esse dia tão especial.
Passamos muitas momentos ao lado deles, aprendemos muito como casal, e como família vivenciamos milagres da divina providência em nossas vidas e como grupo, maravilhoso de ver como não adianta nós programarmos algo , tudo acontece somente com a permissão e no tempo de Deus. Tivemos um retiro onde a frase do Padre Kentenich por meio da palestra do Padre Marcelo nós conduziu: "Com o ouvido no coração de Deus e a mão no pulso do tempo"
Assim foi quando iniciamos a missa: Não tinha nada mais providencial. Enfim muita emoção e alegria envolvidos. ❤️"
A missa foi celebrada no santuário Sião do Jaraguá pelo Pe Marcelo Aravena e estava presente a Senhora Raquel Padilha, os seus dirigentes Lucy e Luciano, Dirigentes do Ramo Nilséia e Gilson e familiares dos casais do grupo e da Liga de famílias. Em sua homilia Pe Marcelo falou sobre o Evangelho do dia, e convida que sejamos previdentes, assim disse:
"A parábola das dez virgens serve de alerta para os cristãos de todos os tempos. A sensatez aconselha a conservar a lâmpada sempre acesa e, até a se ter óleo de reserva. Isto significa, manter-se zelosos pelas coisas do Reino, entusiastas em fazer o que agrada a Deus, vibrantes na prática do amor e da justiça, cheios de ânimo por saber-se à espera do Senhor que vem, inflamados pelo desejo de estar em comunhão com Deus.
Não ter consigo óleo de reserva – é não perseverar no amor – é insensatez que pode merecer ouvir do Senhor a terrível sentença: "Não os conheço!" O discípulo fiel sabe se prevenir, sendo perseverante na prática do amor.
Temos que estar preparados, mas tranquilos, perseverantes, fieis fazendo nossa parte, construindo o Reino de Deus aqui na terra, na nossa família, no nosso bairro, no nosso país mas com amor e humildade."
Após a missa os casais se dirigiram para a esplanada do Santuário e solenemente selaram sua Aliança pelas mãos do Padre Marcelo.
Juntos rezaram sua oração de grupo:
Oração de Aliança de Amor grupo SIM III
Mãe e Rainha, Maria cheia do Espírito de Deus, estamos aqui em teu Santuário neste dia especial, para selarmos a nossa Aliança de Amor, nos incorporando aquela selada em 18 de outubro de 1914 pelo padre José Kentenich.
Agradecemos de modo especial pela nossa família, nossa saúde, nosso grupo e o dom da vida.
Nesta caminhada como grupo imploramos-te mais sabedoria de vida, união familiar e entre as pessoas. Te pedimos Mãe, em todos os tempos especialmente neste tempo de pandemia, segurança e proteção para nossa família.
Como mostra de nosso amor e gratidão te oferecemos nosso trabalho diário, nossas orações como grupo e família e o nosso esforço para crescer na persistência, na paciência e no amor ao próximo, superando assim nossas angústias, aflições, medos e incertezas.
Mãe e educadora nossa, nesse momento solene de Aliança, te prometemos fidelidade a teus ensinamentos, melhorar a cada dia e sempre, como homem e mulher de fé. Manter a união como casal e empenharmos no diálogo e na dedicação a família, incentivando a união do grupo.
Mãe tudo isso colocamos em teu coração e em tuas mãos!
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre Amém!
Casais do grupo Sim III:
Francisco e Danuzia
Murilo e Sônia
Douglas e Eliana
Érico e Lígia
Marcelo e Zildete
Érico e Lígia
José e Eliane
Alex e Amanda
Ao final os casais fizeram uma recepção na casa da Liga.
Ideal Pessoal: Servo do Criador e filho do Pai, como instrumento voluntário e humilde de Cristo, nas mãos de Maria
Data de Nascimento: 14/12/1895 Data de Falecimento: 27/10/1950
Dr. Friedrich Kühr nasce em Gotha/Turíngia (Alemanha), em 14 de dezembro de 1895, e falece em Rolândia/PR – Brasil, no dia 27 de outubro de 1950.
Formado em Direito e Economia, estuda, simultaneamente, teologia. Sabe aplicar na vida prática as convicções e conhecimentos adquiridos. Isto conquista-lhe alta estima, tanto por parte de líderes políticos, quanto no setor econômico.
Em 1922, casa-se com Helene Keespe. Para grande pesar do casal, não tiveram filhos. Sua esposa, em janeiro de 1938, vem ao Brasil para visitar as terras que o casal havia comprado em Rolândia, cidade próxima de Londrina/PR. Ele viria mais tarde. Porém, por causa de suas atividades político-sociais e envolvimento em partidos políticos, neste tempo de guerra, no “partido do Centro”, é preso em março de 1938 e levado para o Campo de Concentração de Dachau, onde passa quase cinco anos e meio. Ali trabalha na parte administrativa.
No “inferno” de Dachau, Dr. Kühr conserva a sua dignidade e atitude cristã. Aproveita sua posição para ajudar muitíssimos pobres e sofredores. Conhece, então, o Pe. Kentenich e dele capta a ideia a respeito da formação do homem novo na comunidade. Nesta visão do Padre Kentenich, encontra o que tanto buscava em suas reflexões pessoais. Com seu ideal pessoal como meta, coloca-se à disposição do Padre Kentenich, em meio aos horrores de Dachau, para a fundação da Obra das Famílias.
Assim, em 16 de julho de 1942, o Dr. Kühr, pelas mãos do Pai e Fundador, faz sua consagração e se torna o primeiro noviço do Instituto de Famílias de Schoenstatt.
Em 1947, depois de dez anos sem ver sua esposa, consegue viajar ao Brasil para encontrá-la, e estar ao seu lado até o dia de sua morte, no ano de 1950. Quando o Padre Kentenich visita o Brasil, encontra-se com o Dr. Kühr e lhe dá orientações para sua vida pessoal. Dr. Kühr oferece, conscientemente seu sofrimento e sua morte pela missão que abraçara em 16 de julho de 1942, no dia de sua consagração.
Seus restos mortais e os de seu esposa se encontram no Monumento dos Heróis junto ao Santuário da “Esmagadora da Serpente”, em Londrina.
Palavras do Dr. Kühr a uma jovem família em 1949:
“O ser e a vida religiosa não podem ser conservados e desenvolvidos sem alimento contínuo e ambiente adequado, do mesmo modo que a vida corporal. A vida sacramental, pode-se dizer, dá o alimento. A oração, a leitura e a meditação são a respiração da alma… Por isso, também considero indispensável fazer diariamente ao menos 15 minutos de leitura religiosa”.
“Quem cresce em coisas deste mundo, mas negligencia a formação religiosa e espiritual é comparável a um homem, cujo coração permanece pequeno e fenece, enquanto o resto do corpo cresce. Tal homem é um doente incurável. Mas, esta doença é típica, principalmente para a camada hodierna dos assim chamados, intelectuais”.
Carta do Dr. Kühr ao Pai e Fundador, em 05.08.1950, relatando sua doença incurável: “…consagrei ,mais uma vez ,minha vida ,inteiramente e sem reservas , à Mãe Três Vezes Admirável. Se meu sofrimento e minha morte contribuírem mais para a Obra do que minha vida, eu lha dou. Que Ela a aceite e me alcance de seu Filho, a graça de realizar esta entrega, como Ele o espera de mim, um filho de sua Mãe. Porém, se minha vida ajudar mais à Obra da Mãe, que me conceda novamente saúde e vida e me implore a graça de, como instrumento em suas mãos, poder trabalhar e agir, sofrer e mais tarde também morrer para o Reino Mariano de Cristo, neste mundo”.
Resposta do Pai e Fundador em 18.8.1950:
“Que posso te dizer agora? É a mesma atitude da Carta Branca e da Inscriptio que o ajudou a suportar os graves sofrimentos em Dachau… Agradeço a Deus, agradeço também a ti que ficaste fiel a esta tua maneira de ver as coisas, agradeço-te, principalmente, que o fogo do teu amor por Schoenstatt, apesar de todos os teus outros interesses, continue tão forte que ofereces tua vida pela Obra de Schoenstatt. Sei que levas a sério, sei também que este sacrifício é fecundo, mais fecundo que toda a minha atividade pessoal. Deus te abençoe por isso”.
O Pai e Fundador disse em Dachau no ano 1967:
“A missão que o Dr. Kühr assumiu é muito vasta. Exige um profundo espírito sacrifical e o holocausto de si mesmo. Com a missão também é transmitida força, objetivo e graça”.
Palavras do Pe. Johannes Tick durante o Congresso Internacional realizado em Londrina, por ocasião do translado dos restos mortais do Dr. Kühr do cemitério de Rolândia para junto do Santuário em Londrina/PR:
“Devemos fazer na vida o que o Dr. Kühr não pode realizar e, na morte, fazer o que ele fez: consagrar e entregar a vida à Mãe e seu Divino Filho, por Schoenstatt”.
“Santuário Vivo de Schoenstatt, um novo Nazaré, Tabor para o mundo”
Karen Bueno – A Liga Apostólica de Famílias de Schoenstatt do Brasil lança nesse dia 18 de janeiro o hino, a oração e o símbolo oficiais do ramo. As conquistas são frutos de um longo processo de amadurecimento e trabalho conjunto entre os quatro regionais brasileiros, fortalecendo a unidade do ramo em busca de uma identidade nacional.O ponto de partida para todas as conquistas é o ideal nacional – Santuário Vivo de Schoenstatt, um novo Nazaré, Tabor para o mundo – e a Carta Magna do ideal.
SÍMBOLO
Explicação: “O nome em tom de azul e formato de Aliança forma uma unidade, juntamente com o círculo em vermelho e quer expressar a Aliança de Amor com a MTA, mas igualmente a aliança matrimonial. O tom em azul remete ao manto da Mãe e ao símbolo de Schoenstatt. Azul também é expressão de fidelidade. O tom vermelho recorda a Aliança que selaram com a Mãe, que é uma Aliança de Amor. O vermelho é símbolo do amor, também de heroísmo. O tom amarelo, que preenche o Santuário Vivo, expressa o ideal Tabor do Brasil. A Família formando o Santuário, expressa o ideal nacional de ser Santuário Vivo de Schoenstatt. Os Raios que partem do Santuário são as três graças, bem como o sol do Tabor”.
O desafio de selecionar os símbolos ficou sob a responsabilidade do Pe. Ivan Simicic e da Sra. Lucia Ferreira. Pe. Ivan conta que chegou uma grande quantidade de propostas, de todos os regionais, e que muitas eram bem semelhantes, com elementos parecidos. “Nós tínhamos critérios muito concretos. O símbolo tem uma característica diferente, é um desenho que simboliza algo, que traz associações, e não uma imagem que seja como uma foto, digamos assim. Ele tem que ser fácil de replicar, de colocar na bandeira, na camiseta, etc. Um dos critérios é que tivesse leveza”.
As sugestões de símbolo também passaram pelas mãos de especialistas: “Não foi fácil essa seleção, pois tivemos criações muito bonitas, muito apuradas. Nós entregamos as propostas para quatro profissionais do campo artístico, que estão ligados ao tema de desenho, arquitetura, design. Eles são do Movimento, são pessoas da Liga, da União ou do Instituto”.
A Liga de Famílias canta um hino Santuário Vivo de Schoenstatt Um novo Nazaré, Tabor para o mundo.
No Santuário um sino vivo ressoa nas famílias O alimento de cada dia: santidade do amor
Família de Nazaré vamos ser, de presépio até a cruz, Refúgio e salvação vamos ter no cálice do amor.
No Tabor da Família, transfigurados em Cristo na fé, Anunciaremos às nações o espírito de amor.
Maria, Mãe, pede a Jesus as maravilhas de Caná Para estarmos todos juntos no milagre do amor.
Pai e Fundador ensina a salvar as famílias, Nobre missão de Schoenstatt na Aliança de Amor.
Sobre a equipe responsável por selecionar o hino, Ir. Lucia Maria Menzel explica que muitas pessoas – Irmãs de Maria, casais, músicos – foram consultados, inclusive alguns da Alemanha, para dar críticas e sugestões. “Levamos em consideração principalmente o conteúdo, o estilo, a melodia, o conjunto da obra”, diz ela.
ORAÇÃO
Oração da Liga de Famílias de Schoenstatt no Brasil:
Querida Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, fiéis à Aliança de Amor, selada contigo pelo nosso Pai, queremos aspirar as virtudes da Sagrada Família de Nazaré, criar ilhas santas de famílias, constituirmo-nos Santuários vivos, Tabor para o mundo, tornando-nos, assim, reservatório das aspirações da nossa Família de Schoenstatt, a partir do qual todos os ramos sejam constantemente alimentados e renovados. Que em ti, Mãe, nossa casa seja um Santuário Lar, sagrado reino do teu filho, nosso lugar predileto. Amém!
Os assessores que selecionaram as orações finalistas foram Ir. M. Patricia Santos e Pe. Pedro Cabello. Ela conta: “Foi pedido uma oração curta, de fácil memorização, no estilo dos versos do Rumo ao Céu. Ela não deveria ultrapassar dez linhas e contemplar o conteúdo da Carta Magna e do Ideal Nacional do ramo. Recebemos 28 orações, de vários locais”.
“Nosso Santuário de Schoenstatt deve ser ampliado por muros vivos. Cada família, uma por uma, deve ser um Santuário vivo” (Pe. José Kentenich)
A Liga de Famílias de Schoenstatt faz parte do Movimento Apostólico de Schoenstatt, fundado pelo Pe. José Kentenich em 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, na Alemanha. Desde 2013 a Liga de Famílias no Brasil definiu seu Ideal Nacional, expresso na frase: Santuário Vivo de Schoenstatt, um novo Nazaré, Tabor para o Mundo.
Uma das incumbências mais importantes da Liga é tornar Schoenstatt presente e atuante nas paróquias e dioceses e em todos os ambientes: familiar, profissional; preocupar-se pela evangelização do mundo.
Assumimos o apelo de nosso Pai e Fundador, Pe. José Kentenich: “Salvai as famílias, custe o que custar!”
Objetivo
Formar Famílias Apostólicas
Uma das incumbências mais importantes da Liga é tornar Schoenstatt presente e atuante nas paróquias e dioceses e em todos os ambientes: familiar, profissional e social; preocupar-se pela evangelização do mundo.
Ideal e Missão
Seu modelo, é a Sagrada Família de Nazaré, como comunidade de vida e de amor. Jesus, Maria e José iluminam o caminho de santidade das famílias, a fim de que estas se tornem indicadoras de caminho para tantas outras famílias.
Animadas pela espiritualidade do Movimento Apostólico de Schoenstatt, na força da Aliança de Amor, as famílias recebem a graça de viverem como Igrejas Domésticas, Santuários Vivos de Schoenstatt, tornando-se uma sólida família cristã, um novo Nazaré. Desta forma se esforçam para serem realmente células vivas para a renovação da sociedade e construir a ‘civilização do amor’.
No meio do mundo, na vida quotidiana, como casal e como família, dar testemunho que é possível ser fiel, ser feliz no matrimônio e na vida familiar e, como Maria, pertencer totalmente a Deus. Este é o mais belo apostolado que podem exercer, ajudando muitas famílias a serem também felizes.
Estilo de Vida
Seu estilo de vida e missão baseiam-se no ideal católico do matrimônio, de um amor capaz de envolver toda a família:
Vivem na certeza de que Cristo está presente no sacramento do matrimônio, por isso contando com a graça, são capazes de serem fiéis;
Acolhem os filhos com amor responsável, correspondendo ao belo ideal que Deus concede às famílias: ser Santuário da Vida;
Fazem a experiência do amor de Deus, no amor entre homem e mulher realizando a grande missão cristã da família: guardar, revelar e comunicar o amor de Deus pela humanidade e do amor de Cristo pela Igreja, sua esposa;
Transformam o seu lar, pela Aliança de Amor, no espaço de encontro com Deus, com a Mãe de Deus, dos esposos entre si e com os filhos, isto é, em lugar sagrado em Santuário-Lar;
Compartilham com Deus, sua vida quotidiana, por isso conseguem fazer de sua aliança matrimonial, um caminho de felicidade e de crescimento pessoal.
Planejam atividades como: congressos, encontros, retiros, programação nas paróquias e outras. As famílias estão engajadas nas diversas pastorais, realizando atividades apostólicas em suas paróquias e dioceses, exercendo também seu apostolado na Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.
Contato:
SUDESTE – Secretáriado da Liga de Famílias de Schoenstatt Rod. D. Pedro I, Km 78 – Atibaia/SP Caixa Postal 571 CEP: 12940-972 Telefone: (11) 4414-4207 Email: ligadefamiliassudeste@hotmail.com
PARANÁ – Secretariado da Liga de Famílias de Schoenstatt Rua Goiás, 857 – Londrina/PR CEP: 86001-970 Telefone: (43) 3322-2986 Email: familias.schoenstatt@gmail.com
SUL – Secretariado da Liga de Familias de Schoenstatt Av. Nossa Senhora das Dores, 880 – Santa Maria/RS Caixa Postal 7044 CEP: 97091-970 Telefone: (55) 3221-6114 Email: ligadefamiliassm@gmail.com
Há quase
quatro meses que muitos aproveitam a mudança na rotina e
o
confinamento obrigatório também para refletir e aprender uma
habilidade,
uma arte, uma língua ou para dar lugar a um
processo
de aprendizagem pessoal, outros sofreram de fadiga ou stress emocional. Mas
também houve a
oportunidade
de aprender com os outros e dos outros, especialmente com aquelesque nos acompanharam neste tempo de
isolamento social. Quer sejamamigos,
familiares ou parceiros, a crise de saúde forçou-nos a passarmuito mais tempo juntos.
Quero
dar aos amigos e amigas que me falaram sobre esse tema um
espaço para nos dizerem o que aprenderam - ou estão a
aprender -
com a realidade
atual, com a pessoa ou com o grupo familiar com quem passaram estes meses.
1.
Aprendendo ser paciente e tolerante
Nossa amiga, Maria Clara, comentou:"Nestes 100 dias de isolamento
social que passei com o meu parceiro, Francisco, tenho cultivado a tolerância.
Eu gosto muito de ter o meu espaço e autonomia, mas tenho-me observado durante
este tempo e vejo que tenho sido mais compreensiva e tolerante em grande parte
graças a ele. Francisco move-se através da vida de
uma forma crítica mas não acelerada, o que me permeia e me ajuda a olhar para
as coisas com mais perspectiva, o que eu não estava a fazer tanto. Também aprendi com a sua
atividade politica e com a minha própria junto com ele que posso trabalhar por
causas sociais que eu considero justas para o bem dos outros. Também aprendi a reconhecer com ele ser
reconhecida, e sobretudo a estar sempre grata. Agora posso desfrutar de um bom
almoço, no meio da procura do teletrabalho, e projecto-me fora disto para fazer
comunidade, para abraçar aqueles que amo e para ser menos egoísta com o meu
tempo e sentimentos”.
Sem
duvida a paciência e a tolerância são umas dasvirtudes mais procuradas no tempo do confinamento.Mas ha servido para crescer individualmente
reconhecendo aos coisas boas nas outras pessoas. Também reconhecendo as coisas
positivas que temos nos mesmos como potencialidades boas e que podemos colocar
ao serviço dos outros.
2.
Aprendendo a ser mais empática
Eduarda diz: ”Estou casada com Filipe há sete anos e
temos duas meninas pequenas, uma de um ano e uma quase de cinco. No início da
quarentena, viemos a Belo Horizonte para estarmos mais próximos de minha sogra, que foi
diagnosticada há três anos com câncer terminal. Esta situação me ensinou a ser
mais empática e tolerante, mas acima de tudo foi uma oportunidade de
reencontrar-nos e voltar a conhecermos mais profundamente com meu marido.Agora que nos vemos o dia todo, conseguimos
nos colocar no lugar um do outro e nos entender. Se há uma coisa que aprendi e
que me fez re-encantar nele e amá-lo mais ainda, é como ele é um bom pai”.
Sim.Situações de proximidade intensa levadas de
uma forma amadurecida e tranquila serve para aprofundar sentimentos positivos
para as pessoas que nos amamos.
3.Aprender o que é importante
Compartilhando com Enzo Gabriel, ele falou emocionado para mim:”No outro
dia eu estava conversando com meu filho, que está estudando medicina e que para
isso sempre teve uma grande vocação, e me surpreendi quando ele me disse que é inútil ter dinheiro se os relacionamentos são danificados. O
dinheiro vem e vai. Mais importantes do que isso são a felicidade, o
companheirismo, a compreensão e a solidariedade". Ao ouvi-lo, percebi que
ele tem suas prioridades claras: ele sabe que não somos ricos, que não temos
muitas coisas, mas que estamos unidos e que estamos passando por isso juntos. E
isso é o
que é importante. Sempre pensei que
ele havia escolhido sua carreira universitária pela remuneração econômica -
sendo imigrantes do Nordeste em São Paulo, acho que é inevitável que pensemos nisso - mas
com essa reflexão ficou claro para mim que seu espírito de serviço é o que prevalece.”
Tempos
de isolamento nos oferecem a possibilidade de ter conversas profundas com os
outros.E nos levamos surpresas
agradáveis ao descobrir tanta nobreza e riqueza interior nas pessoas que amamos
e com as quais convivemos nosso dia a dia.
4.
Aprender controlar a ansiedade com bom humor e otimismo
Pedro Henrique fala que:"Há duas
coisas que aprendi nesta quarentena em casa com minha esposa Joana e meu filho
André de três anos e meio de idade. O que
aprendi com ela é que compartilhamos o mesmo senso de humor e que
usamos o humor para passar por tudo o que está acontecendo. Isso nos ajudou a
controlar a ansiedade, nos salvou em tempos difíceis. As vezes ficamos com
raiva, e não nos levamos
tão a sério nem a situações externas e alheias. Com meu filho aprendi a
ser mais flexível, a ter que me adaptar e a estar muito atento ao que ele
precisa. Para descer no chão e brincar.”
Que
bonito e útil é ter bom humor e ser otimista numa situação extrema como é o
isolamento prolongado.Ajuda muito para
encontrar caminhos novos de entendimento, aceitação e melhoramento da nossa
convivei diária.
5.
Aprendendo a meditar e agradecer pelos privilégios
Conversando com João
Miguel, ele afirmou que esse tempo de quarentena não voluntaria: “Eu aprendi
a rezar e a meditar mais autenticamente.Não só pelo risco e insegurança que significa a pandemia, mas também por
ter mais tempo útil para meditar nas coisas positivas e bonitas da vida, para
estar mais ciente dos privilégios que desfruta-mos, para colocar as prioridades
em ordem e para agradecer a Deus pelas bençãos muitas vezes imerecidas. Tudo
isso ajuda a contemplar a vida e suas realidades com olhos diferentes e
acrescentar a alegria no coração de estar vivo, de saber que você é amado por
Deus e pelos outros que estão no teu redor com você.”
Em tempos de
incerteza não tudo é negativo.É
verdade, em tempos de crise de nos pode sair o pior do ser humano mas também o
melhor, o mais nobre e puro, o mais belo e verdadeiro, o mais autentico e rico
humanamente falando.
6. O Padre Kentenich quando fundava Schoenstatt diz aos jovens
ante a iminência da segunda guerra mundial como se a Mãe de Deus falasse para
eles:“Segundo o plano da Divina Providência,
a Guerra Mundial, com os seus poderosos impulsos, deve vir a ser um meio
extraordinariamente proveitoso para vós na obra da vossa santificação. É essa santificação o que vos exijo.”Com isso ele quer dizer que de algo muito
negativo pode emergir algo muito positivo também.Condições de guerra podem ser propicias para
alcançar metas altas e nobres.Só temos
que estar dispostos para aprender como faze-lo e dar-nos por inteiro a isso que
amamos e desejamos.
Um
ultimo pensamento sobre os testemunhos que apresentamos anteriormente. Eu acho
que todos os valores mencionados atingem situações concretas e diárias da
vidafamiliar.É lindo e renovador viver em família mas ela
para que cumpra seu rol e função deve ser protegida e fortalecida todos os
dias.Vamos dar uma reforçada a nossas
familias cultivando e promovendo a paciência, a tolerância, a empatia, a
valoração das coisas simples, vamos controlar a ansiedade, a ter bom humor,
otimismo, rezar, meditar e agradecer pelo privilegio do que somos e temos.Vamos a construir família. Sim, minha própria
família para o bem de tudo e de todos.
Até
mais! Fica com Deus!
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Fontes de conteúdo
Pe. Jose Kentenich, Ata
de Fundação 18/10/1914
Testemunhos: amigos de
Schoenstatt
Palestrante: Pe. Marcelo
Aravena, Schoenstatt, Brasil
Editor: Rafael Tavares
de Mota, Schoenstatt, Brasil
Segundo Juliana Diana, Professora de Biologia e Doutora em
Gestão do Conhecimento:
“As redes sociais são espaços virtuais onde pessoas,
grupos de pessoas ou empresas se relacionam através do envio de mensagens, da
partilha de conteúdos, entre outros.
Atualmente existem diferentes redes sociais, cada uma
com um propósito e um público-alvo específico.
Para que servem as redes sociais?
As redes sociais promovem a interação entre as pessoas
Há vários tipos de redes sociais.
A grande diferença entre elas é o seu objetivo, os quais
podem ser:
•Estabelecer contatos pessoais, podendo ser relações de
amizade e namoro.
•Realizar networking, ou seja, compartilhar e
buscar conhecimentos profissionais e procurar emprego ou preencher vagas.
•Compartilhar e buscar imagens e vídeos.
•Compartilhar e buscar informações sobre temas variados.
•Divulgar produtos e serviços para compra e venda.
•Jogar, brincar, entre outros.”
Com outras palavras redes sociais são aqueles recursos
digitais que possibilitam uma dinâmica interação social.Entendendo interação social, afirma a senhora
Daniela Diana,
Professora licenciada em Letras, como aquele conceito que determina as relações
sociais desenvolvidas pelos indivíduos e grupos sociais.
Trata-se de uma condição indispensável para o desenvolvimento e constituição das das pessoas e
sociedades. Por meio dos processos interativos, o ser humano se transforma num sujeito
social.
É a partir dela que os seres humanos
desenvolvem a comunicação, estabelecendo o contato social e criando redes de
relações, as quais resultam em determinados comportamentos sociais.
A interação social tem sido um dos temas
mais discutidos da atualidade nas áreas da comunicação, sociologia,
antropologia e filosofia.
Isso porque, na sociedade contemporânea,
dominada pelos meios de comunicação e as novas tecnologias, a interação social
adquire uma nova aparência, ou seja, é também desenvolvida pela internet, de maneira
virtual.
O fenômeno e expansão da internet tem
proporcionado novas formas de dinâmica social e interações, ao mesmo tempo que
pode gerar problemas de ordem social: Massificação, anonimato, exclusão e isolamento social, por um lado, e
por outro lado outros tipos de preconceitos via rede cyberbullying e
discriminação.
Sem duvida as redes sociais apresentam
um desafio enorme mas sabemos que hoje sem elas não podemos viver nem conviver.
Provavelmente você já viu alguma matéria na TV falando sobre o quanto os brasileiros amam
redes sociais. Talvez você até seja uma
dessas pessoas que passam um tempão olhando posts, fotos e vídeos.
Então, saiba que os números provam que realmente é assim!
Com uma média diária de 3h34 online em redes
sociais, o
Brasil ficou em segundo no ranking de tempo gasto nesse tipo de site, perdendo
somente para Filipinas.
E a tendência é que isso continue
crescendo: no último ano, por exemplo, foram 10 milhões de novos usuários
brasileiros em redes sociais, um aumento de 8% em relação ao período anterior.
Os números
são do relatório Digital
in 2019, do site We Are Social.
2 As redes
sociais no pensamento e na ação pastoral do Papa Francisco
Estamos “chamados a manifestar comunhão também nas redes sociais, diz o Papa
em tweet quem no
ano 2017 tinha mais de 40 milhões de seguidores nesse aplicativo:
"Como cristãos somos chamados a
manifestar, também nas redes, a comunhão que marca a nossa identidade de
crentes, abrindo o caminho ao diálogo, ao encontro, ao sorriso”.
As redes sociais são assim: Um chamado à responsabilidade
de todos
O Papa nos convida a refletir sobre a a Internet como
um recurso que potencializa as relações entre as pessoas e sobre a necessidade
de retribuir à rede seu significado mais belo: o de ser um espaço de diálogo,
conhecimento, relacionamento, de compartilhamento. É um chamado à responsabilidade
de todos, é um desafio à nossa capacidade de sermos membros uns dos
outros, quer na dimensão corporal como na dimensão digital. Esse mundo e o
mundo não são coisas diferentes”.
02/06/2019
O Papa Francisco
junto com alertar sobre as possíveis ameaças da redes sociais de tornar-se "num local de alienação", afirma que estas debem server para a promoção
da comunhão e da dignidade das pessoas e seus valores legítimos:
"Vamos aproveitar as
possibilidades de encontro e solidariedade oferecidas pelas redes sociais, que
a rede digital não seja um lugar de alienação, mas sim um lugar rico em
humanidade”.
Num outro momento o pontífice
considerou que "a internet é uma dádiva
de Deus", que implica "uma grande responsabilidade" e que não
deve anular a personalidade de cada pessoa, mas sim favorecer a solidariedade e
o respeito pelos outros e suas diferenças.
No mundo, atualmente existem 3.196 bilhões
de usuários
ativos nas redes sociais, que representam 42% da população mundial. Entre as
regiões onde tem uma maior concentração, destacam-se América do Norte, com 70% de usuários
ativos em relação à população; o norte de Europa, com 66%; a Ásia Oriental, com 64%; e
a América do
Sul, com 63%.
“Aproveitemos
as possibilidades de encontro e de solidariedade que as redes sociais oferecem”,
pediu Francisco.
“Vamos construir uma verdadeira cidadania na rede…”
Na ideia de Francisco é fazer das redes sociais um
lugar de humanização, de abertura ao outro, à sua cultura, à sua tradição religiosa e espiritual, à
sua diferença; lugar de diálogo a serviço de uma cidadania responsável”.
Eu acredito que o Papa Francisco esta bem. Podem vocês
pensar hoje a Igreja fazer trabalho pastoral e evangelização efetiva sem
internet ou redes sociais?Hoje, não
conseguimos imaginar isso.
Para encerrar esse aspecto quero acrescentar uma
citação sobre as mídias sociais do “Documento final da Reunião Pre-Sinodal” do
Sínodo da Juventude realizado no ano 2019 no Vaticano.Aqui falam os jovens:
“Multimídia – A internet oferece à Igreja
uma oportunidade de evangelização sem precedentes, especialmente por meio das mídias
sociais e dos conteúdos de vídeo online. Como jovens, somos nativos no meio
digital e por isso podemos guiar a Igreja neste caminho. Também é um lugar fantástico de
encontro e relação com pessoas de outra fé ou sem fé alguma. As séries de
vídeos do Papa
Francisco são um bom exemplo do potencial de evangelização da internet.”
3 Nosso uso das
redes sociais
A pergunta pertinente agora é como deve
ser nosso uso das redes para que essas sejam um verdadeiro lugar de comunhão,
de encontro responsável, solidário e respeitoso de pessoas e de nossos valores
mais apreciados?
Aqui eu gostaria de recúurrir ao Padre Jose
Kentenich.Sim. Quando ele fala aos
inícios de Schoenstatta seu grupo de
jovens seguidores na Acta de Pré-Fundação no 27 de Outubro de 1912:
“Qual é, então, a nossa finalidade? A pergunta é importante, porque da sua resposta dependem as nossas relações
no futuro. Por isso lhes respondo clara e brevemente: "Sob
a protecção de Maria, queremos aprender a educar-nos a nós próprios, para sermos personalidades firmes, livres e apostólicas."
Eu acho
que nestas palavras o Fundador de Schoenstatt dai orientações muito atuais em
relação ao nosso tema.
Primeiro,
Tudo o que fazemos vai ser sob a proteção do Divino e respeitando a sacralidade
da nossa relação com a Nossa Mãe, Maria, nossa educadora também.
Segundo,
temos que educarmos e desenvolvermos pessoalmente sempre com a ajuda dela sobre
tudo quando estamos lidando com temas novíssimos como é o tema das redes
sociais.
Terceiro,
trata se de uma educação na liberdade.Ou seja livre de preconceitos paralisantes que levam a condutas cômodas,
mais “seguras” e mais aceitadas; livre de realidades e influencias ditadas o
impostas alheias as nossas convicções mais profundas; livre de temores que
inibem a criatividade para o bom e para novas formas de expressão legitimas.
Mais por
outro lado livres para a ação do Espírito de Deus.Esse Espirito que nos dai a capacidade de ser
firmes nas nossas propostas, nos nossos ideais que devem ser anunciados a
traves de todos os meios da comunicação, também a traves das rede sociais para
que estas se transformarem em vias que potencializama interação social para o encontro, para o
dialogo ao serviço de uma cidadania responsável.Firmes também para não deixarmos levar pela
tentação da vulgaridade, da obscenidade nem do morbo e do falso que destruem
nossos relacionamentos humanos.
Finalmente,
livres e firmes para uma verdadeira ação apostólica.Queremos ser personalidades apostólicas que
ajudam a Igreja a fazer sua tarefa pastoral de Evangelização, de fazer presente
Deus no meio do mundo.Construindo
redes, vínculos e laços para marcar a nossa identidade de crentes, abrindo o
caminho ao diálogo, ao
encontro, ao sorriso.Queremos que
o nosso apostolado digital e moderno seja uma contribuição para fazer do nosso
mundo um lugar rico em
humanidade, abundante no amor fraterno e de grande sensibilidade social.Ao final nossa missão é uma missão dos
vínculos: estáveis, fieis ao longo do tempo , que acrescentam a dignidade de
cada um e da dos outros, Vínculos verdadeiramente afetuosos, geradores de vida
com os demais e com Deus.
O
homem livre, que sonhou o Padre Kentenich, que sabe o que quer, quer o que sabe
e faz o que realmente quer, está em condições de amar o que faz e de construir
uma sociedade mais justa, fraterna, cordial e mais humana também usando
organicamente as redes sociais.
Ate
mais. Fica com Deus!
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Fontes de conteúdo:
Juliana Diana, Professora de Biologia e
Doutora em Gestão do Conhecimento
Daniela Diana, Professora licenciada em Letras
Papa Francisco, palestras e entrevistas sobre redes e
mídias sociais
Documento Final da Reunião Final Pré-Sinodal. Sínodo
da Juventude 2019
Padre José Kentenich, Acta de Pré-fundação, 27/10/1912