As redes sociais
e o uso delas como um
presente de Deus
1 Que são as redes sociais e
para que servem?
Segundo Juliana Diana, Professora de Biologia e Doutora em
Gestão do Conhecimento:
“As redes sociais são espaços virtuais onde pessoas,
grupos de pessoas ou empresas se relacionam através do envio de mensagens, da
partilha de conteúdos, entre outros.
Atualmente existem diferentes redes sociais, cada uma
com um propósito e um público-alvo específico.
Para que servem as redes sociais?
As redes sociais promovem a interação entre as pessoas
Há vários tipos de redes sociais.
A grande diferença entre elas é o seu objetivo, os quais
podem ser:
•
Estabelecer contatos pessoais, podendo ser relações de
amizade e namoro.
•
Realizar networking, ou seja, compartilhar e
buscar conhecimentos profissionais e procurar emprego ou preencher vagas.
•
Compartilhar e buscar imagens e vídeos.
•
Compartilhar e buscar informações sobre temas variados.
•
Divulgar produtos e serviços para compra e venda.
•
Jogar, brincar, entre outros.”
Com outras palavras redes sociais são aqueles recursos
digitais que possibilitam uma dinâmica interação social. Entendendo interação social, afirma a senhora
Daniela Diana,
Professora licenciada em Letras, como aquele conceito que determina as relações
sociais desenvolvidas pelos indivíduos e grupos sociais.
Trata-se de uma condição indispensável para o desenvolvimento e constituição das das pessoas e
sociedades. Por meio dos processos interativos, o ser humano se transforma num sujeito
social.
É a partir dela que os seres humanos
desenvolvem a comunicação, estabelecendo o contato social e criando redes de
relações, as quais resultam em determinados comportamentos sociais.
A interação social tem sido um dos temas
mais discutidos da atualidade nas áreas da comunicação, sociologia,
antropologia e filosofia.
Isso porque, na sociedade contemporânea,
dominada pelos meios de comunicação e as novas tecnologias, a interação social
adquire uma nova aparência, ou seja, é também desenvolvida pela internet, de maneira
virtual.
O fenômeno e expansão da internet tem
proporcionado novas formas de dinâmica social e interações, ao mesmo tempo que
pode gerar problemas de ordem social: Massificação, anonimato, exclusão e isolamento social, por um lado, e
por outro lado outros tipos de preconceitos via rede cyberbullying e
discriminação.
Sem duvida as redes sociais apresentam
um desafio enorme mas sabemos que hoje sem elas não podemos viver nem conviver.
Provavelmente você já viu alguma matéria na TV falando sobre o quanto os brasileiros amam
redes sociais. Talvez você até seja uma
dessas pessoas que passam um tempão olhando posts, fotos e vídeos.
Então, saiba que os números provam que realmente é assim!
Com uma média diária de 3h34 online em redes
sociais, o
Brasil ficou em segundo no ranking de tempo gasto nesse tipo de site, perdendo
somente para Filipinas.
E a tendência é que isso continue
crescendo: no último ano, por exemplo, foram 10 milhões de novos usuários
brasileiros em redes sociais, um aumento de 8% em relação ao período anterior.
Os números
são do relatório Digital
in 2019, do site We Are Social.
2 As redes
sociais no pensamento e na ação pastoral do Papa Francisco
Estamos “chamados a manifestar comunhão também nas redes sociais, diz o Papa
em tweet quem no
ano 2017 tinha mais de 40 milhões de seguidores nesse aplicativo:
"Como cristãos somos chamados a
manifestar, também nas redes, a comunhão que marca a nossa identidade de
crentes, abrindo o caminho ao diálogo, ao encontro, ao sorriso”.
As redes sociais são assim: Um chamado à responsabilidade
de todos
O Papa nos convida a refletir sobre a a Internet como
um recurso que potencializa as relações entre as pessoas e sobre a necessidade
de retribuir à rede seu significado mais belo: o de ser um espaço de diálogo,
conhecimento, relacionamento, de compartilhamento. É um chamado à responsabilidade
de todos, é um desafio à nossa capacidade de sermos membros uns dos
outros, quer na dimensão corporal como na dimensão digital. Esse mundo e o
mundo não são coisas diferentes”.
02/06/2019
O Papa Francisco
junto com alertar sobre as possíveis ameaças da redes sociais de tornar-se "num local de alienação", afirma que estas debem server para a promoção
da comunhão e da dignidade das pessoas e seus valores legítimos:
"Vamos aproveitar as
possibilidades de encontro e solidariedade oferecidas pelas redes sociais, que
a rede digital não seja um lugar de alienação, mas sim um lugar rico em
humanidade”.
Num outro momento o pontífice
considerou que "a internet é uma dádiva
de Deus", que implica "uma grande responsabilidade" e que não
deve anular a personalidade de cada pessoa, mas sim favorecer a solidariedade e
o respeito pelos outros e suas diferenças.
No mundo, atualmente existem 3.196 bilhões
de usuários
ativos nas redes sociais, que representam 42% da população mundial. Entre as
regiões onde tem uma maior concentração, destacam-se América do Norte, com 70% de usuários
ativos em relação à população; o norte de Europa, com 66%; a Ásia Oriental, com 64%; e
a América do
Sul, com 63%.
“Aproveitemos
as possibilidades de encontro e de solidariedade que as redes sociais oferecem”,
pediu Francisco.
“Vamos construir uma verdadeira cidadania na rede…”
Na ideia de Francisco é fazer das redes sociais um
lugar de humanização, de abertura ao outro, à sua cultura, à sua tradição religiosa e espiritual, à
sua diferença; lugar de diálogo a serviço de uma cidadania responsável”.
Eu acredito que o Papa Francisco esta bem. Podem vocês
pensar hoje a Igreja fazer trabalho pastoral e evangelização efetiva sem
internet ou redes sociais? Hoje, não
conseguimos imaginar isso.
Para encerrar esse aspecto quero acrescentar uma
citação sobre as mídias sociais do “Documento final da Reunião Pre-Sinodal” do
Sínodo da Juventude realizado no ano 2019 no Vaticano. Aqui falam os jovens:
“Multimídia – A internet oferece à Igreja
uma oportunidade de evangelização sem precedentes, especialmente por meio das mídias
sociais e dos conteúdos de vídeo online. Como jovens, somos nativos no meio
digital e por isso podemos guiar a Igreja neste caminho. Também é um lugar fantástico de
encontro e relação com pessoas de outra fé ou sem fé alguma. As séries de
vídeos do Papa
Francisco são um bom exemplo do potencial de evangelização da internet.”
3 Nosso uso das
redes sociais
A pergunta pertinente agora é como deve
ser nosso uso das redes para que essas sejam um verdadeiro lugar de comunhão,
de encontro responsável, solidário e respeitoso de pessoas e de nossos valores
mais apreciados?
Aqui eu gostaria de recúurrir ao Padre Jose
Kentenich. Sim. Quando ele fala aos
inícios de Schoenstatt a seu grupo de
jovens seguidores na Acta de Pré-Fundação no 27 de Outubro de 1912:
“Qual é, então, a nossa finalidade? A pergunta é importante, porque da sua resposta dependem as nossas relações
no futuro. Por isso lhes respondo clara e brevemente: "Sob
a protecção de Maria, queremos aprender a educar-nos a nós próprios, para sermos personalidades firmes, livres e apostólicas."
Eu acho
que nestas palavras o Fundador de Schoenstatt dai orientações muito atuais em
relação ao nosso tema.
Primeiro,
Tudo o que fazemos vai ser sob a proteção do Divino e respeitando a sacralidade
da nossa relação com a Nossa Mãe, Maria, nossa educadora também.
Segundo,
temos que educarmos e desenvolvermos pessoalmente sempre com a ajuda dela sobre
tudo quando estamos lidando com temas novíssimos como é o tema das redes
sociais.
Terceiro,
trata se de uma educação na liberdade.
Ou seja livre de preconceitos paralisantes que levam a condutas cômodas,
mais “seguras” e mais aceitadas; livre de realidades e influencias ditadas o
impostas alheias as nossas convicções mais profundas; livre de temores que
inibem a criatividade para o bom e para novas formas de expressão legitimas.
Mais por
outro lado livres para a ação do Espírito de Deus. Esse Espirito que nos dai a capacidade de ser
firmes nas nossas propostas, nos nossos ideais que devem ser anunciados a
traves de todos os meios da comunicação, também a traves das rede sociais para
que estas se transformarem em vias que potencializam a interação social para o encontro, para o
dialogo ao serviço de uma cidadania responsável. Firmes também para não deixarmos levar pela
tentação da vulgaridade, da obscenidade nem do morbo e do falso que destruem
nossos relacionamentos humanos.
Finalmente,
livres e firmes para uma verdadeira ação apostólica. Queremos ser personalidades apostólicas que
ajudam a Igreja a fazer sua tarefa pastoral de Evangelização, de fazer presente
Deus no meio do mundo. Construindo
redes, vínculos e laços para marcar a nossa identidade de crentes, abrindo o
caminho ao diálogo, ao
encontro, ao sorriso. Queremos que
o nosso apostolado digital e moderno seja uma contribuição para fazer do nosso
mundo um lugar rico em
humanidade, abundante no amor fraterno e de grande sensibilidade social. Ao final nossa missão é uma missão dos
vínculos: estáveis, fieis ao longo do tempo , que acrescentam a dignidade de
cada um e da dos outros, Vínculos verdadeiramente afetuosos, geradores de vida
com os demais e com Deus.
O
homem livre, que sonhou o Padre Kentenich, que sabe o que quer, quer o que sabe
e faz o que realmente quer, está em condições de amar o que faz e de construir
uma sociedade mais justa, fraterna, cordial e mais humana também usando
organicamente as redes sociais.
Ate
mais. Fica com Deus!
=================
Fontes de conteúdo:
Juliana Diana, Professora de Biologia e
Doutora em Gestão do Conhecimento
Daniela Diana, Professora licenciada em Letras
Papa Francisco, palestras e entrevistas sobre redes e
mídias sociais
Documento Final da Reunião Final Pré-Sinodal. Sínodo
da Juventude 2019
Padre José Kentenich, Acta de Pré-fundação, 27/10/1912
Palestrante Pe. Marcelo Aravena
Editor Rafael Tavares de Mota
Nenhum comentário:
Postar um comentário