sexta-feira, 26 de junho de 2020

Racismo- Não só tolerar, mas amar!




Não só tolerar mas amar - Noções esclarecedoras sobre o racismo1
I
Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória sobre os céus!
Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?
Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste.
Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés…

Que bonito é o Salmo 8 que louva a Deus por haver criado  a o homen como uma criatura bela como os anjos!

Nos últimos tempos temos assistido a uma das piores ignomínias e abusos do homem na sociedade atual.  Estou a falar de racismo.  Com grande tristeza, percebemos como algumas pessoas diferem e desprezam outras devido à cor da sua pele.  Que escandalosa contradição com a Palavra de Deus e os ensinamentos da Igreja!  Isto é muito triste e provoca uma enorme indignação e impotência.

E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou”
Diz o Gênesis 1, 27

Sim! A Igreja se posiciona contra o racismo porque, além de ser crime, é também pecado, como nos ensinam as Sagradas Escrituras:

Mas, se tratarem os outros com parcialidade, estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores”. (Tiago 2,9)

o há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus”. (Gálatas 3,28)

No documento Alegria e Esperança a Igreja ensina:
Qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja ela social ou cultural, ou que se fundamente no sexo, raça, cor, condição social, língua ou religião deve ser superada e eliminada, porque contrária ao plano de Deus”. (GS 160)
Estamos chamados a uma vida em Cristo e o racismo vai totalmente em contra dessa vocação  

II
O Papa Francisco (20/09/2018)  fala sobre esses "Interesses míopes”, que enfermam nossa sociedade.
Ele constata a manifestação de sentimentos que pareciam superados, como o medo, o desprezo e até mesmo o ódio contra indivíduos ou grupos considerados diferentes em virtude de sua pertença étnica, nacional ou religiosa. Sentimentos que se manifestam em atos de intolerância, discriminação e exclusão.

Infelizmente, afirmou o Papa, algumas vertentes políticas cedem à tentação de instrumentalizar esses sentimentos para míopes interesses eleitorais”.

Todavia, a gravidade desses fenômenos não pode cair na indiferença. Francisco pede um empenho especial às famílias, aos formadores e educadores e aos agentes da comunicação. A quem tira vantagem econômica deste clima de desconfiança, explorando as vítimas em novas formas de escravidão, o Pontífice pede um profundo exame de consciência”.

Não só tolerar, mas amar:
Já os cristãos têm uma responsabilidade a mais em combater as novas formas de xenofobia e racismo, em razão de sua própria natureza.
O outro, de fato, não é somente um ser a respeitar em virtude de sua intrínseca dignidade, mas sobretudo um irmão ou uma irmã a amar. Em Cristo, a tolerância se transforma em amor fraterno, em ternura, em solidariedade operativa.

Ser cristãos é um chamado a ir contracorrente, a reconhecer, acolher e servir o próprio Cristo descartado nos irmãos.”
Temos que trabalhar para que possamos construir juntos sociedades mais justas e solidárias”.

O Papa Francisco (03/06/2020) falou também sobre os últimos dramáticos  acontecimentos nos Estados Unidos:
Queridos amigos, não podemos tolerar nem fechar os olhos para qualquer tipo de racismo ou de exclusão e pretender defender a sacralidade de cada vida humana. Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que a violência das últimas noites é autodestrutiva e auto-destrutoras. Nada se ganha com a violência e muito se perde.”

III
“O racismo é pecado”

Finamente neste contexto eu quero destacar um artigo escrito por
Pablo Garcia, de Atibaia, publicado no site do jumasbrasil.com.br  Pablo Garcia cita o Padre Kentenich afirmando que para superar o angustiante problema do racismo há que combater energicamente no campo social o egoísmo, a busca do próprio proveito.

Agora começamos a entender! Entenderemos ainda melhor quando eu apontar que este espírito social só pode existir onde se combate energicamente o egoísmo, o amor-próprio, a busca do próprio proveito. Temos assim diante de nós um grande e vasto campo de ação social!” (grifo meu) diz o Padre Kentenich em conferência para os congregados em 1914.

E o que é o racismo se não uma forma de egoísmo, em que enxergamos apenas a cor do outro e aí decidimos se ele é digno de nossa consideração caso sua cor seja igual à minha.

O racismo é uma mancha na história da humanidade, e nesse assunto não existe outra opção a não ser combater qualquer ideia de que alguém é inferior a outra pessoa. Nesse caso não existe meio termo, não é possível ser Meio não racista” ou Não racista de vez em quando”. Também é imprescindível que estejamos atentos às vítimas e sejamos sempre abertos a acolher aqueles que sofrem desse mal.

Essa ideia” de que existe a possibilidade de a vida de um ser humano valer menos do que a de outro é um convite a violência, e essa ideia” infelizmente, por diversas vezes, está presente no nosso dia a dia, e é aqui que devemos agir. Essas ações passam pela compreensão de que toda vida importa, um racista não é diferente de uma pessoa que defende o aborto como forma de evitar vidas indesejáveis.

Porém é inadmissível que se finja que esse problema não existe e seja varrido para debaixo do tapete, enquanto assistimos nossos irmãos sofrerem a causa da cor da sua pele, origem, etnia o espaço cultural.

“Que Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe da América, interceda por todos aqueles que trabalham pela paz e justiça na sua terra e no mundo

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Fonte: Sagrada Escritura, 
Gaudium et Spes, Vaticano II
Papa Francisco, entrevistas e mensagens
Pablo Garcia, Jumas, Atibaia, SP
Produção e edição: Rafael Tavares Mota, Schoenstatt, Brasil
Pe Marcelo Aravena -Assessor da Liga de famílias Jaraguá- Schoenstatt- Brasil



sexta-feira, 19 de junho de 2020

Uma trilogia para viver em família




Diante do contexto da pandemia que vivemos agora em 2020 do Covid-19, a Liga de Famílias está restrita ao convívio social. Pe Marcelo decidiu trazer alguns temas úteis para os casais.


Caros amigos e amigas, bem-vindos a mais um vídeo de "carisma no fogo", mas no fogo do Espírito.  Estas são breves inspirações para a nossa vida espiritual e para a nossa vida diária feitas aqui no santuário e transmitidas a partir do santuário da Mãe Rainha.

Alegria- Insegurança-confiança: tudo junto!

A rotina das nossas vidas nos últimos meses mudou muito.  Fomos obrigados a fazer coisas diferentes, a viver de forma diferente.  Uma delas, e muito marcada, é que fomos obrigados a passar mais tempo em casa como família. Juntos estamos a atravessar este tempo de crise, partilhando medos e alegrias, insegurança e confiança.  A vida mais estreita com outros no mesmo espaço também nos colocou desafios de convivência. 

É por isso que gostaria de vos apresentar três aspectos que nos podem ajudar a viver melhor juntos, a comunicar melhor, a respeitarmo-nos e a amarmo-nos melhor uns aos outros.

Trata-se de fazer convergir três valores maravilhosos na nossa rotina do dia a dia que vivemos ,e  sem dúvida, conhecemos e amamos:

Beleza, amabilidade e verdade.  Se conseguirmos harmonizar estes três elementos, poderemos educar-nos mais e alcançar uma coexistência muito mais rica e frutuosa com os outros.
Vamos lá.

1 Beleza
Graça, encanto, poesia, elegância, inspiração, boniteza, lindeza

É isto que achamos bonito nas pessoas: atitudes, gestos, acções, palavras, físico.

É o que encontramos de belo na natureza, na arquitetura, nas cores, nas pinturas, nos filmes, na literatura.
Como se tudo se encaixasse e encaixasse bem.
Trata-se de descobrir a beleza de cada pessoa e alegrar-se com ela. Em cada coisa que Deus coloca no nosso caminho. A valoração da beleza nos outros é encontrasse com Deus também.
(E isso faz-nos pensar: quem está por detrás de tudo isso? Quem pensou nisso e quem o fez?  Qual é o seu significado?
É essa coisa bela que nos faz abrir a porta do coração para o novo, para os outros para o misterioso.  Em suma, o inexplicável, em suma, Deus, o Criador.
Neste ponto talvez possamos comentar falar de Deus e da sua criação divina e humana numa leitura e numa linguagem que nos aproxima, nos harmoniza e nos une.  Neste sentido, a descoberta da beleza nos outros torna-se um encontro com Deus.)

2 Amabilidade

Bondade, Cordialidade, Cortesia, Amizade, Magnanimidade, Benevolência

Trata-se de reconhecer a beleza e a bondade presentes nas pessoas e estar grato por isso.  Em suma, trata-se de descobrir a semente da bondade nos outros.

E outros também precisam de ouvir coisas bonitas e cordiais sobre  eles próprios.  Mesmo naqueles que são um pouco desagradáveis para nós.  Os pouco amigáveis também têm um pouco de ouro no coração.
O ouro em cada um deles é um vislumbre, um, sim, vislumbre de Deus.

Aqui eu gostaria de agregar algo que o Papa Francisco falou no ano 2015 sobre as três palavras-chave para a paz na família:

“Licença, obrigado e desculpas”.
Sobre a palavra licença, Francisco explicou que entrar na vida do outro, mesmo que faça parte da vida da própria pessoa, requer a delicadeza de um comportamento não invasor.
A intimidade não autoriza a dar tudo por certo. Quanto mais íntimo e profundo o amor, mais exige respeito da liberdade e a capacidade de aguardar que o outro abra as portas de seu coração”.
Agradecer
A segunda palavra, obrigado, recorda, segundo o Papa, que na civilização atual, a gentileza e a capacidade de agradecer são vistas às vezes como um sinal de fraqueza.
Sejamos intransigentes na educação à gratidão: a dignidade da pessoa e a justiça social passam por aqui. Se a vida familiar subestima este estilo, a vida social também o perderá. A gratidão, para quem crê, está no coração da fé: um cristão que não sabe agradecer é alguém que esqueceu a linguagem de Deus”, repetiu duas vezes.
Improvisando, o Papa revelou ter conhecido uma senhora de muita sabedoria, que dizia que a gratidão é uma planta que cresce somente na terra de pessoas de alma nobre”.
Pedir desculpa
E por fim, o termo desculpas, palavra difícil, mas muito necessária, afirmou o Papa, mencionando a oração do Pai Nosso: Perdoai-nos as nossa ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
Se não formos capazes de pedir desculpas, não seremos capazes de perdoar. Nas casas aonde não se pede desculpas, falta ar e feridas começam a se abrir. Também na vida de casal briga-se muitas vezes, mas o conselho do Papa é sempre o mesmo: nunca terminar o dia sem fazer as pazes, e para isso, é suficiente um pequeno gesto.. pode ser até um carinho, sem palavras…”.
Concluindo, Francisco reiterou que estas três palavras são tão simples que até podem  fazer as pessoas sorrirem, mas quando são esquecidas, não é muito engraçado.

3 Verdade

É o verdadeiro conteúdo das realidades profundas que muitas vezes  estão  além da nossa limitada compreensão humana.
A verdade tem a ver com a certeza de algo e, como muitas vezes acontece, a nossa óptica de ver, valorizar e apreciar as coisas pode distanciar-nos dos outros.   E assim, por vezes, sem intenção, são criadas discussões não criativas que param ou interrompem a conversa madura, o dialogo entre nos.
As portas do coração podem fechar-se.
E, por vezes, as verdades são apenas opiniões e o fenómeno da "opinião de atropelamento e fuga" ocorre. Ou seja, digo algo sem prudência - agressivo e depois não assumo a responsabilidade por aquilo que disse.  A um dito em Latin que diz: Veritas cum Caritas.  Ou seja falar a verdade com caridade.  As coisas devem ser ditas mas com respeito e humildade sincera, especialmente quando se trata de coisas que atingem nosso diário viver.
Muitas vezes a nossa condição humana impede-nos de ver essa verdade ou não a conseguimos transmitir para que seja compreendida.
A verdade é parte de Deus, é uma característica Dele, deve ser descoberta, conhecida, admirada e finalmente amada.  Deve entrar no meu coração para que possa ser acreditado e realizado na vida concreta. 
O mistério de Deus é, existe para ser divulgado, captado, vivido e partilhado entre todos


Resumindo:
Na nossa vida de todos os dias: É aconselhável, portanto, se queremos que a verdade nos nossos relacionamentos pessoais prevaleça e brilhe com toda a sua força, temos de começar pela bondade e pela beleza.  A verdade gosta de beleza. Além disso, a verdade é bela e é amável, terna, cordial.  A verdade salva e redime.


Finalmente um ultimo pensamento e convite para que este tempo ruim de crise sirva para abandonar o individualismo alienante que nos ameaça na crise.

Mais do que nunca, precisamos um do outro. É uma oportunidade de crescer na convicção de que só podemos sair de uma crise como a que estamos  atravessando,  em comunhão, em comunidade, juntos, cada um contribuindo com a sua parte.  Neste ponto, gostaria de salientar alguns elementos importantes para viver em proximidade com outros. 

Por exemplo:
Como é importante poder ouvir o outro e atender às suas necessidades.

Ou também aceitar o outro onde quer  que esteja,  com  suas próprias  diferenças.

Ou para tentar compreender o outro nos seus medos e ansiedades. 

Dar bondade, gentileza e paciência àqueles que pensam e sentem de forma diferente de mim. 

Ou ainda para cuidar amorosamente do outro sem esperar retribuição.

Partilhar coisas relevantes com o outro e fazê-lo participar nas coisas que me interessam e que são importantes para mim e talvez para o outro também.

Sem dúvida, queridos amigos e amigas: esta crise é um momento de dar e receber, de oferecer e de aceitar.

Até mais e fiquem  com Deus!

Pe Marcelo Aravena
Jaraguá, 15 de junho de 2020


Pe Marcelo Aravena nas vésperas de Corpus Christi nos motiva a participar do mistério Eucarístico presente no pão e vinho

Amizade entre Deus e o homem: Aliança

A solenidade do Corpo e Sangue de Cristo nos leva à tomada de consciência da grandiosidade da amizade selada entre Deus e o Homem.

Em primeiro lugar, ela nos conscientiza da grande amizade selada entre Deus e o Homem. Deus quer se unir para sempre ao ser por ele criado, que inventa um modo de estar sempre visivelmente presente aos olhos de sua criatura. 

Mais ainda, na 1ª Carta aos Coríntios, Paulo nos diz que o Senhor realizou a nova e eterna aliança, através do derramamento de seu sangue, objeto de perdão e da santificação humana. O pão, seu corpo, é partido como alimento entre os irmãos. Porque há um só pão, nós todos somos um só corpo, pois todos participamos desse único pão.” (1Cor 10,17)

Por isso do mesmo modo que a Igreja faz a Eucaristia, a Eucaristia faz a Igreja. Não é possível separar o corpo eucarístico do corpo eclesial, da comunidade.

Celebrar a Eucaristia é fazer memória da ação do Senhor na Ceia e de sua morte, é tornar presente seu sacrifício redentor, é a celebração da partilha na Comunidade e é a celebração do futuro, de sua vinda gloriosa.

Minha participação: comprometer-me com o outro

Celebrar a Eucaristia e partilhar o corpo e o sangue do Senhor é comprometer-se em partilhar o que se tem e, sem dúvida, partilhar a própria vida como fez Jesus e continua fazendo na Eucaristia. De fato, viver a Eucaristia é comprometer-se com o outro, é fazer-se responsável pelo outro.

Que nossa vida, nossos dias, sejam marcados pelo seguimento da pessoa de Jesus Cristo, de sua entrega para o bem de todos, sem receio de sacrifícios e de partilhas. Partilhar o pão eucarístico, o corpo do Senhor, seja incentivo e também reflexo da partilha do pão que está sobre nossa mesa, de todos os dons que o Senhor nos presenteia, sem mérito nosso, enfim, de toda nossa vida.


Luz e Força: do Alto!
A situação que vivemos no mundo hoje constitui também uma dolorosa experiência. Constatamos em carne própria do que somos capazes. Constatamos os limites de nossas possibilidades humanas. Sentimos a fragilidade das soluções puramente humanas. Vemos como fazem planos, mudam homens, e, entretanto não saímos do pântano.

Sentimos mais que nunca a necessidade de Alguém que nos salve, de uma nova luz e uma nova força. Elas vêm, em definitivo, de mais alto, de Deus.

É Cristo mesmo, é o Homem-Deus. Só Deus pode dar-nos a luz e a força para construir uma grande nação de irmãos, onde haja trabalho, respeito, amor e alegria.

Tenho Cristo em mim: na medida de minha fé

A presença de Cristo, Filho de Deus, na Eucaristia, é um mistério impressionante. A Ele temos acesso somente na medida de nossa fé. A eficácia do pão eucarístico que recebemos depende da medida da fé com que o recebamos. Esse pão que comemos nos vai transformando sempre mais a semelhança de Cristo: nos dá seus sentimentos e atitudes, nos faz participar, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”.

Este é o mistério do homem novo cristão. Trata-se de um homem divinizado, que vive em Cristo e Cristo vive nele. A comunhão nos une pessoalmente com Jesus. Tanto nossa alma como nosso corpo se unem estreitamente com Ele. Em cada Eucaristia, Ele quer descer de novo a terra, encarnar-se em cada um de nós. Tornamos-nos assim, carne de sua carne e sangue de seu sangue.

Pão de unidade em fraternidade

Em Cristo somos filhos de Deus nosso Pai do céu, e por isso somos todos irmãos. O pão eucarístico é o pão da unidade e fraternidade. Por isso, o Padre José Kentenich, fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt, diz numa oração pessoal a Jesus: “Tu és a límpida fonte de paz, o vínculo que une todos os povos, o poder que vence a discórdia, a luz que ilumina e aquece”.

Para grandes males, grandes remédios. O que nos ensinam as circunstâncias atuais? Ensinam-nos o relativo de todas as soluções e sistemas humanos se não se apóiam se não se alimentam do pão de vida. Além disso, nos ensinam que dificuldades são tarefas. Havemos de buscar com renovado afinco, até as últimas consequências, essa “fonte de paz”; esse “vínculo”; esse “poder” e essa “luz” que vem do alto, que vem de Cristo.



Unir o amor
Queridos irmãos, em cada Eucaristia, Cristo nos convida a nos unir a Ele, a nos identificar com Ele, para que assim sua vontade se torne a nossa, sua inteligência e seus afetos nos contagiem. Até que um dia possamos dizer com São Paulo: “Já não sou eu quem vive se não que é Cristo quem vive em mim”.

No caminho o perdão vem de Deus

Deus sabe que somos pecadores. Que estamos todos em caminho, como no antigo Israel. Desde este ponto de vista, a Eucaristia é o banquete em que o Pai acolhe e celebra a seus filhos pródigos. Banquete de perdão e reconciliação para os que humildemente confessam suas traições, e retornam para pedir o Pão que pode ajudá-los, a ser mais filhos e mais irmãos.

Maria: o “Trigal de Jesus”

Ninguém melhor que Maria pode nos ensinar como nos acercar a Eucaristia. Este foi seu grande sacramento, o único que Ela recebeu do mesmo modo que nós. Cada vez que recebia das mãos de São João, este Pão que era o Corpo de seu Filho, Maria tem que haver-se emocionado profundamente. Porque reconhecia o mesmo Pão que Ela, durante nove meses, havia preparado com amor em seu ventre. Porque sabia que era farinha de seu próprio trigal.

A Virgem havia feito sua “Primeira comunhão” o dia da Anunciação. Uma “Primeira comunhão” única, que se prolongou durante os nove meses que Jesus habitou em seu corpo. Depois, cada vez que Maria comungava, revivia esses meses de profunda união Espiritual e física com o Filho que esperava.

Peçamos por isso, à Santíssima Virgem Maria, Nossa Mãe que nos ensine o modo de nos acercar a Eucaristia. Que nos ajude a reviver em nós sua atitude da Anunciação. É dizer, com um coração pobre e puro, disponível, capaz de crer e de dizer que sim, porque tudo o mais corre por conta do Senhor, para quem nada é impossível.

Jaraguá, 10 de junho de 2020



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Fonte consultada:
Fr. César Augusto - Vatican City
Fr. Nicolás Schwizer - Schoenstatt- Paraguay
Fr. Marcelo Aravena - Schoenstatt - Brazil
Tradução: Pe  Marcelo Aravena
Vídeo:

Fr. Marcelo Aravena
Film&Videomaker: Rafael Mota
Video recording location:

Santuário de Shoenstatt : Sião do Jaraguá, São Paulo, Brasil

ENTRONIZAÇÃO de Santuário Lar do grupo AMOR DE MARIA

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