quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Retiro de Casais da Liga de Famílias 23/11/2019














No dia 23 de novembro de 2019, casais da Liga de Famílias do Jaraguá realizaram seu retiro anual, na Casa das Irmãs Japonesas Franciscanas no Jaraguá. Este ano com o tema: “ALEGRE ESTAS, ALEGRE ESTOU!”

Participaram 15 casais, com acompanhamento do Padre Marcelo Aravena e da Sra. Raquel Padilha assessores da Liga. O retiro foi organizado pelo casal Antonio Carlos de A. Vicente  e Sueli Vilarinho, decoração e Oficinas ficaram por conta da Lizete Lourenço, colaboradora, e Francisca Arlindo da Liga de famílias.

Oração da Manhã


A Oração da Manhã enfatizou a  alegria:” Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito SantoRm15:13

A alegria do Senhor nos dá força! As alegrias que o mundo oferece muitas vezes esgotam nossas forças e, quando acabam, nos deixam exaustos, doentes e tristes. Mas a alegria de Deus é uma bênção.
Sua alegria nos dá força para enfrentar as dificuldades, sem desistir. A alegria do Senhor também nos ensina a apreciar todas as bênçãos que Deus nos dá, enchendo nossos corações de gratidão e eliminando a inveja e o descontentamento com Deus.

Capital de Graças do retiro

Um recipiente com água, era o local para depositar as “bolinhas de gel” de duas cores. Transparente significava a alegria e a vermelha uma alegria mais intensa. Ao final notou-se que as vermelhas se destacam, mas sempre há alegrias menores e transparentes em nossas vidas.

Dinâmica João Pozzobon

Durante o retiro os homens foram convidados a vestir o paletó do João Pozzobon e peregrinar com a Mãe Rainha, uma homenagem ao ano de João Pozzobon, ele que tantas vezes visitou o Jaraguá e sua foto principal é da rua em que se encontra o convento das irmãs Franciscanas, onde foi realizado o retiro.


1.Cristo causa de alegria

A primeira parte da palestra do padre Marcelo se deu pela importância da família assim como na época dos primeiros cristãos, toda a vida eclesial ocorria em casas, pois ainda não havia templos próprios. Toda a família se converteu e se tornou parte da Igreja. Através do baptismo e do sacramento do matrimónio, o próprio Cristo está presente em cada lar cristão e dali realiza a sua tarefa salvífica: cura, abençoa, transforma, guia e educa o seu povo no seu caminho de salvação.
" Neste tipo de Igreja doméstica, os pais devem ser para os seus filhos os primeiros pregadores da fé, por palavra e exemplo, e devem promover a sagrada vocação " (Lúmen gentium, 11).
A nossa primeira experiência eclesial é a nossa própria casa. Lá aprendemos a crer, a amar a Deus e aos homens, lá nos desenvolvemos como pessoas. No seio do lar, encontramos Deus que habita no meio de nós. Pelo batismo participamos da missão profética, sacerdotal e real de Cristo; pelo sacramento do matrimônio o fazemos como casal, e o próprio Cristo age por meio de nós, santificando nossa família.
Hoje, mais do que nunca, a família, cujo pilar fundamental são os pais, tem um papel fundamental na transmissão da fé. Que bem nos faria, como casal, lera a palavra de Deus.
Poderíamos nos perguntar também como cultivamos nosso amor pela Igreja em nossa casa: a leitura da Palavra de Deus, nossas conversas de fé, como aproveitamos os períodos de catequese de confirmação e de primeira comunhão de nossos filhos.
O nosso desafio é conquistar o que foi herdado. Temos de levar para o futuro o que os nossos avós nos legaram. O que nos legaram? O que herdou dos seus pais, conquiste para possuí-lo verdadeiramente.

2.Diálogo causa de alegria
A segunda parte da palestra se refere ao diálogo familiar, como causa e norma de causas de alegrias.
Hoje em dia fala-se muito de diálogo, em todos os âmbitos da vida. Mas isso não quer dizer que se dialogue muito. Porque falar é fácil, ensinar é fácil. Mas dialogar é difícil.
Também na família, o verdadeiro diálogo é raro. Também nas famílias aonde aparentemente tudo vai bem, aonde ninguém jamais levanta a voz.

O que vale e é necessário é o verdadeiro diálogo. Certa tolerância em relação aos pontos de vista dos filhos, não é diálogo. Certo colocar-se em seu lugar, como amigo compreensivo, não é ainda diálogo.
O diálogo supõe uma profunda atitude interior, a virtude da humildade. Não crer ser possuidor de toda a verdade, perfeitos, imutáveis. Mas sim conhecer os próprios limites, a necessidade de melhorar, de mudar.

Esta humildade é a condição do diálogo.

O que acontece é que o diálogo autêntico se dá entre verdadeiras pessoas. E pertence à humildade reconhecer ao outro, também ao filho, como pessoa verdadeira. Menor, mais débil, menos preparada para viver, mas pessoa. Pessoa original, consciente, capaz de assumir a responsabilidade das próprias decisões.

O diálogo é uma misteriosa ponte estendida entre seres livres: não necessariamente da mesma idade, com a mesma preparação, não necessariamente iguais; mas sim necessariamente conscientes e livres.


O diálogo verdadeiro não exclui a autoridade que um possa ter sobre o outro. Exclui, em troca, qualquer forma de menosprezo, de falta de estima ou respeito, de paternalismo. Os pais que dialogam com seus filhos verão aumentar sua autoridade. Assim como Deus não temeu perder autoridade por dialogar com o homem; até se fez um de nós para facilitá-lo.

3.A escuta é causa de alegria

Dialogar significa falar, mas também escutar. O diálogo entre pais e filhos é difícil, porque há pais   e algumas vezes também filhos   que não sabem escutar.
Por um lado, é um problema de tempo: A mãe encontra-se às vezes absorta pelos afazeres do lar, certamente muito importantes.
Mas não é menos importante escutar ao filho que regressa da escola. É certo que pai tem muito que fazer. Mas sempre deve haver tempo para o mais importante; e para um pai não há nada mais importante que atender, cuidar e educar o filho.
Poderia dizer que os pais estão dispostos a escutar, mas que os filhos não estão dispostos a falar. Mas, fundamentalmente de quem é a culpa? Talvez os filhos tentassem e não se lhes prestou suficiente atenção. Então se fecharam em seu silencio. Sua sensibilidade com relação à atenção dos pais é enorme, até pode parecer exagerada.
O que o jovem quer dizer, tem para ele muita importância. O pensou e repensou, até o sofreu. E se não encontra em casa quem queira escutá-lo, buscará fora dela atenções mais ou menos autênticas.

Um tempo de atenção à família é causa de alegria
Saber escutar, mais que um problema de tempo é um ato de atenção e de disponibilidade interior. Por isso é tão difícil. Trata-se de ter em si mesmo um pouco de lugar pare o outro e o que diz. Trata-se de não estar cheio de si mesmo, ter lugar para os demais. Se não sabemos escutar ao outro com amor alegre, ele percebe, e não fala mais.
O verdadeiro diálogo pressupõe a atenção: atenção à vida dos filhos, a suas palavras, a seus problemas. Por isso, para amar aos filhos é indispensável saber mirá-los. Trata-se de uma mirada atenta, na qual a alma se esvazia de todo conteúdo próprio, para receber em si ao ser que contempla, tal como é, com toda sua verdade e sua riqueza.

Padre Marcelo conclui com uma prece: “Peçamos Nossa Mãe que presenteie a nós, a nossos pais e a nossos filhos, a graça de um diálogo familiar fecundo e permanente e que assim nossas famílias possam crescer cada vez mais em amor, em entrega e em compreensão mútua”.¹


O que uma bala pode me falar sobre Deus?


A Sra. Raquel nos convidou a colocar na boca uma balinha e pegar uma frase da Irmã Emilie. A bala devia ser saboreada, assim como os acontecimentos do dia precisamos saborear e tentar entender o que Deus nos fala através deles. Devagar, saboreando, no exemplo que Padre José Kentenich educou a Irmã em seu estado de depressão, assim também nós podemos pedir que nos eduque, agora do céu.

 Animação da tarde


 Após o almoço, o Sr. Vilebaldo, animou o grupo e convidou para cada música um ajudante que cantasse com ele. Um momento de acordar e descontrair. 

Palestra sobre saúde

O casal do Instituto de Famílias Paulina e Diógenes Lawand explicou sobre o tema da saúde do casal.  Padre Kentenich  falava da vinculação harmônica, que sejamos orgânicos com Deus, comigo, com os lugares , com as ideias. A santificação da vida diária pode ser vista por esta perspectiva, meu esforço pessoal em ter uma boa saúde, ter união entre fé e vida. Juntar o natural e sobrenatural.

Como meu cônjuge está cuidando da minha saúde?


Com exemplos práticos de como chegamos em casa, com qual humor, o que me ajuda a chegar em casa com mais calma?

Na família a falta de saúde pode ser, preocupações, dores (pode ter frustação associada), estado físico e  espiritual abalados.

Saúde pelo Padre Kentenich envolve o todo, integral, espiritual, social. Um banho espiritual ao chegar em casa, diante do santuário Lar, entregar, colocar tudo o que aconteceu no dia e ter um tempo para “ouvir” o que Deus  fala neste momento. Também entender o que Deus quis falar com o acontecimento do dia. Uma forma concreta de “aliviar” o stress e encontrar a vida em todos os acontecimentos.

Relação de bomba com os acontecimentos e solicitações exteriores, e um extremo vazio interior. Falta de domínio interior. Pessoas explodindo por qualquer motivo. Com falta de qualidade de vida, com ambientes cheios, em metrô, ônibus. Com qual atitude encaramos estes desafios e dificuldades? Ter serenidade e leveza no dia a dia.

Sentir o corpo e suas limitações, quantas horas de sono eu preciso, entendo o meu ritmo?
Explicar ao cônjuge o que tenho, mas tenho que entender meus pontos fracos, quando estou sentido algo, ou o que posso fazer para evitar meus problemas e ajudar na convivência familiar.
A saúde mental é fundamental, exemplo da síndrome do pânico, ou depressão, devemos passar pelo médico correto, mas também tratar o motivo e causa. Usar os instrumentos de Deus, médicos e psiquiátricas, para também nos ajudar.





Oficinas


Os homens fizeram as lembrancinhas para suas esposas. Uma flor e caixinha de bombom. Um cartão continha a carta de João Pozzobon quando sua esposa Vilma  faleceu.


As Mulheres fizeram uma sacolinha, envasaram vinho em pequena garrafa, com rótulo e carta de vinho com suas datas de casamento e um poema da Dona Helena Kurh ao Dr Fritz;
Ambas as cartas foram lidas ao final da missa.

Terço Alegrai-vos²


Um lindo terço foi rezado, terço preparado pelo casal Leda e Jayme Castro. A saudação inicial:

“A vida matrimonial é uma vocação. O atendimento à esta vocação é um desafio. Muitas são as dificuldades, esforços e sofrimentos, para que a vida familiar seja firmada a cada dia sobre a estabilidade da rocha. Também desafiador é viver a exortação de São Paulo: " Alegrai-vos! repito alegrai-vos!"(Filipenses 4,4) diante das dificuldades que naturalmente se sucedem na vida cotidiana de uma família.
Embora em alguns momentos possamos estar exaustos diante de tantas exigências da vida, das árduas tarefas que nos cabem, algumas vezes precisamos contemplar à luz da Alegria, a trajetória que temos feito como casal. Desta forma, podemos perceber que ela delicadamente nos acompanha, e podemos abrir nossos corações para sermos mais sensíveis a estes acenos de Deus, que se compraz na alegria de seus filhos.”

Conclusão do retiro com a Santa missa



Padre Marcelo celebrou a missa, com a liturgia de Cristo rei. Em sua homilia, falou sobre a alegria, como São Paulo define o Reino, com paz e justiça e alegria no Espírito Santo. Estes três valores são para viver em nossas casas, como antecipação do Reino de Deus.

“Devemos trabalhar um pouco, com pequenas regras para a alegria:  humildade entre nós, não ter arrogância, ter paciência, aguentar um pouquinho, não falar, deixar o que o cônjuge falar, para melhora do diálogo. A simpatia, é uma forma agradável de conversar, sem termos agressivos. O diálogo deve ser oportuno, não em qualquer momento, quando estamos cansados, evitar entrar em grandes temas. Buscar o momento, dialogar sempre, assim como nos 4 Rs (palestra do retiro do ano passado). Diálogo diário, semanal, mensal e anual para cultivar o relacionamento conjugal com a família.

Conclui assim o retiro Pe Marcelo: “Que Deus nos ajude a construir seu Reino, mas começando pela família!”


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¹ Pe Nicolas Sch.Adaptação Pe. Marcelo Aravena
² Terço: Alegrai-vos 

Texto Sueli Vilarinho




Depoimentos ao final do retiro:

O Casal Terezinha e Adenilton Pires comentam: “O encontro de casais, é muito esperado por mim e pelo Adenilton, segundo ano que nos preparamos para esse momento, dia reservado especialmente para renovar nossa aliança matrimonial e realizar a missão que Deus reservou para nós desde toda eternidade. Novamente foi um momento único, um dia todo reservado e preparado com muito carinho, onde aprendemos relembramos e renovamos o que as vezes pela correria do dia a dia deixamos passar.
 Eu e o Adenilton pudemos relembrar com todo carinho a frase que escolhemos para   a nossa Aliança Matrimonial que foi tão importante para o dia do nosso casamento: “Nas tuas mãos Senhor colocamos o amor um do outro, para que ele santificado por ti, seja a máxima realização de nossas vidas".  Assim procuramos viver nossa linda história de amor com nossos filhos, mas que precisa ser renovada, relembrada e alimentada cada dia, pelo amor, carinho e compreensão que temos um pelo outro e por nossa família.” ❤❤

A Nilséia esposa do Gilson Silva, atuais dirigentes da Liga: “Percebi o quanto é importante e a necessidade colocarmos a nossa alegria em prática, Padre Marcelo nos passou coisas muito importantes a respeito de sentimentos, foi maravilhoso o tema e muito bem trabalhado obrigada”. 🙏🏾

Roseli Kataoka comenta: “adorei foi muito proveitoso momento de reflexão, aprendizado e de muita alegria...”

Valquíria e Luiz Roberto: “Muito boa a reflexão que o Padre Marcelo sugeriu que fizéssemos sobre o diálogo em família e saber ouvir o outro, bem como, outros assuntos importantes na vida diária. Também a palestra sobre saúde do casal Diógenes e Paulina, nos fez ver como coisas simples do nosso dia a dia pode evitar ou prevenir doenças comuns e ter uma melhor qualidade de vida.”!!!👏👏

Cida e Jorge: “Foi um dia muito proveitoso, aprendemos muito com as palestras, nos divertimos e nos alegramos por estarmos em família e principalmente nos alegramos em Cristo. Que essa alegria possa permanecer em nós!!   Muita gratidão por ter participado”.

Valéria e Márcio Minori: “Gostamos muito..., mas o que marcou muito foi a palestra do padre Marcelo, quando falou da importância do diálogo, e com os idosos, como temos pais idosos, principalmente o meu sogro que é acamado... Uma ótima reflexão...”

Rosana e Sérgio Lambert: “Como é importante dar essa parada, especialmente nesse ano jubilar, para juntos refletirmos sobre o nosso ano e a nossa alegria em juntos (Eu e a Rosana) de sempre estarmos servindo a nossa Liga e o Santuário. Esse é um dos pontos que mais nos deixa alegres, horar nossa Aliança através da nossa doação aos serviços que podemos ser úteis. nos tocou em como é importante viver o lema do nosso retiro: "Alegre estás. alegre estou"

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